Estamos de volta a um confinamento total e sejamos apenas adultos por casa ou também com crianças, parece que o apetite não se cala e se passa o dia a ouvir alguém pedir comida.
domingo, 24 de janeiro de 2021
Queques de maçã e chocolate
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Borscht e uma viagem de 2011.
Numa vida ainda sem filhas, sem máquinas fotográficas profissionais, sem google maps. Sem pandemias.
E foi nessa vida passei um dia em S. Petersburgo e comi borscht pela primeira vez.


sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Risotto de Outono. Castanhas e cogumelos
Há um bom tempo que não fazia risotto e quando esta semana passei os olhos por um bem apetitoso no feed do IG, fiquei logo com o jantar decidido.
Peguei nos ingredientes da estação que tinha em casa e como aproveitei para também cozer umas couves, incorporei os talos na base do refogado. Podem, pois, omiti-los se não tiverem ou substituí-los por talos de brócolos, couve flor ou algum outro legume que queiram aproveitar integralmente.
As castanhas e os cogumelos são sempre uma combinação que não desilude, e a presença discreta da abóbora deu-lhe presença q.b. no conjunto de todos os sabores. Foi pena não ter umas folhas frescas para polvilhar, mas o creme de caju que envolvi no final fez esquecer isso assim que a primeira garfada chegou à boca.
Outono, Outono, como não gostar de ti?


sexta-feira, 16 de outubro de 2020
Feijão com couve e pão - Dia Mundial da Alimentação


segunda-feira, 18 de maio de 2020
Bolo crumble de nêspera
As nespereiras em Palmela estão ao rubro e há que aproveitá-las o mais possível. Nada bate comê-las uma a uma com o sumo pelas mãos, mas depois há os gelados, os batidos, as tartes e bolos, os iogurtes, os crumbles e tudo e tudo.
Assim a temporada não fosse tão curta...
Bolo crumble de nêsperas
Para o crumble:
50 g de amêndoa
40 g flocos de aveia
20 g de farinha (usei de espelta integral)
30 g de azeite
30 g de tâmaras medjool
6 a 8 nêsperas, conforme o tamanho
60 g de tâmaras medjool
240 g de bebida de soja
70 g de azeite
1 c. sopa de vinagre de maçã
½ c. chá de canela
240 g de farinha de trigo
60 g de farinha de aveia
1 pitada de sal
1 c. chá de fermento p/ bolos
½ c. chá de bicarbonato
// preparação tradicional
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Unte com azeite e polvilhe com farinha uma forma tarteira alta de 24 cm.
Comece por preparar o crumble.
Triture todos os ingredientes até obter uma consistência de farofa grossa. Reserve.
De seguida, descasque e descaroce as nêsperas e corte-as em meias luas. Reserve.
Triture as tâmaras, a bebida de soja, o azeite, o vinagre e a canela até obter uma mistura cremosa. Numa taça, envolva a mistura acima com as farinhas, o fermento, o bicarbonato e o sal, apenas até incorporar.
Deite a massa na tarteira preparada, distribua as nêsperas e cubra com o crumble reservado. Leve ao forno a 180ºC cerca de 40 minutos.
// preparação robot de cozinha (bimby_thermomix)
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Unte com azeite e polvilhe com farinha uma forma tarteira alta de 24 cm.
Comece por preparar o crumble.
Coloque todos os ingredientes no copo e triture 10 seg/vel 4. Retire e reserve.
De seguida, descasque e descaroce as nêsperas e corte-as em meias luas. Reserve.
Coloque no copo as tâmaras, a bebida de soja, o azeite, o vinagre e a canela e triture tudo 20 seg/vel vel 6.
Junte as farinhas, o fermento, o bicarbonato e o sal e envolva 15 seg, vel 3. Termine de envolver com a espátula.
Deite a massa na tarteira preparada, distribua as nêsperas e cubra com o crumble reservado.
Leve ao forno a 180ºC cerca de 40 minutos.


sábado, 9 de maio de 2020
Iogurte natural de soja e caju
O meu post com a receita e dicas dos iogurtes naturais (com leite de vaca) continua um dos mais lidos de sempre do blogue e até já teve direito a uma actualização de fundo.
Mas o tempo passa, os hábitos alimentares cá de casa vão mudando, e agora o que por cá se faz são iogurtes vegetais.
Já antes disso, para trabalhos de desenvolvimento de receitas, havia testado algumas receitas de iogurtes de soja. Na altura nunca consegui um resultado totalmente satisfatório em termos de consistência e sabor, mas como não consumíamos cá em casa, também não tinha motivos para investir mais energia no assunto.
Mas agora arregacei as mangas e não descansei até encontrar "a" receita.
Primeira questão, que dificilmente reúne consenso fácil: qual bebida vegetal usar?
Há à venda iogurtes vegetais deliciosos de leite de coco, mas considero-os mais uma sobremesa do que um substituto equiparável a um iogurte tradicional em termos de aporte nutricional. Esta questão é especialmente relevante quando pretendemos um iogurte que vai fazer parte da rotina alimentar de crianças.
Para serem consumidos por todos nós cá em casa ao pequeno almoço ou lanche, faz-nos sim sentido usar a bebida de soja, por ser a mais rica em proteína. Apenas com leite de coco (que é constituído essencialmente por água e gordura), aveia ou amêndoa, serão iogurtes com pouco interesse nutricional, tornando-se a bebida vegetal apenas um “volume” para os probióticos. Dado o tamanho reduzido do estômago das crianças, não me parece terem utilidade.
Para crianças e adolescentes a bebida vegetal recomendada como alternativa ao leite de vaca, caso se queira consumir alguma, claro, é a de soja, de preferência suplementado com cálcio e sem açúcar.
Para quem pretenda mais informação sobre este tema e hipotéticas contra-indicações do consumo de bebida de soja, sugiro, entre tantos outros artigos de referência, a leitura destas breves publicações da nutricionista que nos acompanha, a Sandra Gomes Silva, e do nutricionista Sérgio Veloso.
São posts com fontes científicas identificadas e cujos links vos deixo aqui:
Sobre a escolha do tipo de bebida vegetal
Sobre o consumo de soja
E mais este, também sobre o consumo de soja
Passamos agora aos restantes ingredientes.
Por ser uma bebida com menos gordura em relação ao leite de vaca é importante usar um espessante que nos ajude a alcançar a consistência a que estamos habituados nos iogurtes de vaca.
Há várias opções para esse fim como o amido de milho (a vulgar maizena), o amido de tapioca, o agar-agar, a farinha de araruta, a goma xantana ou a goma de guar.
Testei alguns destes, sozinhos, em conjunto e em diferentes quantidades, e percebi que se juntasse algum outro elemento que acrescentasse gordura à bebida de soja, o resultado seria ainda melhor.
E com apenas uma colher de sopa do mais vulgar e acessível dos espessantes – o amido de milho (conhecido como maizena) - consegui uma consistência que me satisfez todas as medidas.
Para tal, adicionei 50 g de cajus previamente triturados numa parte da bebida de soja, para ficarem totalmente em creme. A gordura dos cajus, e também o seu sabor, conferem ao iogurte um carácter que faz toda a diferença.
Em alternativa aos cajus, se quiserem simplificar a preparação, podem também usar o creme sólido que se acumula na parte de cima das latas de leite de coco ou manteiga de amendoim ou de outro fruto seco.
Para activar a fermentação, uso sempre uma porção de iogurte natural vegetal dos mais simples (sem aroma nem sabor), com a máxima validade disponível, ou uma quantidade equivalente do iogurte caseiro anterior.
Em alternativa podemos usar cápsulas de probiótico.
É muito importante que quer o iogurte anterior, quer o pó das cápsulas de probiótico, que contêm as bactérias que irão fermentar, sejam adicionadas ao líquido morno. Caso esteja demasiado quente, o calor matará as bactérias e se estiver demasiado frio, também não estarão reunidas as condições necessárias para a fermentação acontecer.
E é precisamente no processo de fermentação que muitas vezes os iogurtes caseiros dão problema.
Se tiverem em casa uma iogurteira, basta colocar a mistura nos copos da iogurteira, aguardar o tempo indicado de fermentação e depois colocá-los no frigorífico.
Se não tiverem iogurteira, existem vários métodos alternativos: embrulhando os frascos numa manta polar e colocando-os numa geleira com um saco de água quente ou no forno desligado, previamente pré-aquecido, entre outros.
Eu faço os meus iogurtes há muitos anos sem iogurteira, usando frascos grandes de vidro de 1L, que embrulho numa manta polar com um saco de água quente e deixo a fermentar assim, dentro de um armário. Ficam sempre com uma consistência óptima.
Algumas dicas:
- No processo de fermentação dos iogurtes a temperatura é um factor fundamental.
Se o leite estiver demasiado quente, as bactérias do iogurte morrem e não se reproduzem, se estiver muito baixa, poderá não ser suficiente para que elas se reproduzam como queremos.
45º-50ºC é a temperatura ideal da bebida vegetal quando adicionamos o iogurte anterior ou o pó das cápsulas de probiótico para a fermentação decorrer nas melhores condições.
- Evite usar recipientes de plástico na fermentação do iogurte, pois são ambientes propícios ao aparecimento de micróbios. Se usar recipientes com tampa de metal, tenha atenção ao eventual aparecimento de ferrugem.
- Pode usar um frasco grande de 1L ou frascos pequenos, para doses individuais.
- Para fazer iogurte líquido, não use o amido de milho e deixe a fermentar numa garrafa de vidro, apenas cerca de 8 horas.
Agite bem antes de colocar no frigorífico e agite novamente antes de beber ou servir.
- Para fazer iogurtes com fruta fresca, esta deverá ser sempre pasteurizada, devendo para tal ser fervida e arrefecida (como se fosse uma compota rápida), antes de misturar com o leite. Se não o fizer, muito provavelmente os iogurtes ficarão talhados (ganham uma aguadilha esfarripada).
No entanto, algumas frutas dificultam particularmente a fermentação (morangos, ananás natural, kiwi, por ex), aumentando a probabilidade dos iogurtes talharem, mesmo que sejam previamente cozidas.
É mais seguro distribuir compota dessas frutas por cada um dos copinhos e verter por cima a mistura de iogurte natural para fermentar.
Ou, a opção mais segura de todas, fazer iogurte natural e adicionar a compota de fruta apenas na altura de comer, na taça de servir ou em copinhos individuais com tampa, caso queira comê-los fora de casa.
- Antes de iniciar a preparação da receita, começo por colocar três dedos de água a ferver no frasco de vidro onde irei fermentar o iogurte e reservo.
Quando termino, despejo a água do frasco e assim fica morno para receber a mistura de iogurte pronta a fermentar.
Embrulho o frasco numa manta polar juntamente com um saco de água quente, e deixo a fermentar embrulhado numa zona quente da casa (num armário), sem mover de lugar, durante 10-12h.
- Como podem ver nas imagens, duplico sempre estas quantidade da receita e faço a receita a dobrar, 2L de iogurte ao mesmo tempo.
- Se alguma coisa falhar em relação à temperatura da fermentação e o resultado for demasiado líquido, pode sempre encará-lo como um iogurte líquido (mexa muito bem com uma vara de arames antes de colocar no frigorífico e sempre antes de beber), ou optar por congelá-lo numa caixa larga e baixa e usar em batidos e gelados (como este ou este).
Se depois de sólido bater esse bloco de iogurte congelado para o partir em pedaços, pode triturar com fruta madura e obtém um gelado bem cremoso pronto a comer.
Vamos então à receita?
Iogurte natural de soja e caju
1 L de bebida de soja, fortificada com cálcio
50 g (1/3 cháv.) de cajus (ou manteiga de amendoim ou o creme sólido de uma lata de leite de coco)
1 c. sopa de amido de milho (a vulgar maizena)
1 c. copa de iogurte vegetal natural (usei de soja)
// preparação tradicional
Se optar por usar manteiga de amendoim ou o creme sólido do leite de coco, salte este passo.
Deixe os cajus de molho numa taça com água entre 4 a 12h. Descarte a água.
Triture os cajus com 70 g da bebida de soja usando a varinha mágica ou uma liquidificadora com um copo pequeno, até obter um creme bem homogéneo (se o copo for muito grande, sugiro que duplique as quantidades (150 g de cajus e 200 g de bebida de soja) e use apenas metade deste creme de caju resultante na receita de iogurte, aproveitando o restante para outros fins (tempere com mostarda, sal e pimenta, tahini, sumo de limão, ervas... ou adoce e use para barrar no pão, mais diluído pode usar como molho de saladas ou como maionese). Por ser um creme tão versátil é um essencial cá de casa.
Leve ao lume 500 ml da bebida de soja com o creme de caju (ou manteiga de amendoim ou creme de coco). Quando já estiver morno, coloque o amido de milho numa tacinha e junte um pouco do leite quente para dissolver e depois junte novamente à mistura principal, mexendo sempre.
Deixe levantar fervura e vá mexendo mais uns minutos até que o amido de milho se dissolva totalmente e tudo fique bem incorporado. Desligue o lume.
Junte o restante leite e mexa.
Se tiver um termómetro, confirme que a temperatura se encontra entre os 40 e os 50ºC. Caso não tenha, poderá confirmar que está na temperatura certa quando conseguir aguentar lá o dedo durante uns segundos. Caso esteja quente demais, aguarde até que arrefeça um pouco
Adicione então uma colher de sopa de iogurte e misture bem.
Deite num frasco de vidro grande ou nos copos da iogurteira, e deixe fermentar entre 10 a 12 horas, sendo que quanto mais fermentar, mais ácido será o sabor.
Para fermentar sem iogurteira:
Coloque três dedos de água a ferver num frasco grande de vidro, com tampa, de preferência de 1L, e deixe repousar enquanto prepara a mistura, para que o frasco fique morno.
Descarte essa água e depois deite a mistura de iogurte.
Embrulhe o frasco numa manta polar, junto com um saco de água quente, e deixe fermentar embrulhado, numa zona quente da casa, sem mover de lugar.
Depois de fermentar, mexa bem para ficar homogéneo e coloque no frigorífico.
Consuma depois de fresco e mexa antes de servir.
Se optar por usar manteiga de amendoim ou o creme sólido do leite de coco, salte este passo.
Deixe os cajus de molho numa taça com água entre 4 a 12h. Descarte a água.
Neste primeiro passo, com pretendemos um creme bastante homogéneo com quantidades de ingredientes reduzidas, prefiro não usar a Bimby mas sim o copo triturador da varinha mágica, por ser mais pequeno.
Triture os cajus com 70 g da bebida de soja usando a varinha mágica, até obter um creme bem homogéneo.
Se preferir usar a Bimby neste passo, sugiro que aumente as quantidades para 150 g de cajus e 200 g de bebida de soja) e use apenas metade deste creme de caju resultante na receita de iogurte, aproveitando o restante para outros fins (tempere com mostarda, sal e pimenta, tahini, sumo de limão, ervas... ou adoce e use para barrar no pão, mais diluído pode usar como molho de saladas ou como maionese).
Coloque no copo da bimby o creme de caju (ou manteiga de amendoim ou creme de coco), 500 g de bebida vegetal, o amido de milho e o açúcar e aqueça 8 min/90ºC/vel 4.
Adicione o restante leite e misture 1 min/50ºC/vel 4.
Se a temperatura indicada for superior a 50ºC, aguarde que arrefeça até atingir 50ºC.
Por fim, adicione o iogurte e misture novamente 15 seg/vel 3.
Deite num frasco de vidro grande ou nos copos da iogurteira, e deixe fermentar entre 10 a 12 horas.
Para fermentar sem iogurteira:
Coloque três dedos de água a ferver num frasco grande de vidro, com tampa, de preferência de 1L, e deixe repousar enquanto prepara a mistura, para que o frasco fique morno.
Descarte essa água e depois deite a mistura de iogurte.
Embrulhe o frasco numa manta polar, junto com um saco de água quente, e deixe fermentar embrulhado, numa zona quente da casa, sem mover de lugar.
Depois de fermentar, mexa bem para ficar homogéneo e coloque no frigorífico.
Consuma depois de fresco e mexa antes de servir.
quarta-feira, 6 de maio de 2020
Esparregado de favas. São cascas, cascas de favas.
Não me canso de repetir o quanto gosto delas e percebe-se bem isso pelos arquivos do blogue.
Há anos descobri algures na internet este aproveitamento maravilhoso das cascas das favas que resultam num belo esparregado. Não sei porquê, nos últimos tempos não tenho lembrado dele.
Ora tendo cá em casa mais três devoradores de favas, e de esparregado, é ideia que vem mesmo a calhar ser relembrada. Foi o Ricardo Felner que ma trouxe de novo ao prato e que bom que ficou!
Só tivemos pena que rendesse tão pouco, porque a primeira apanha foi pequena e ainda estou à espera de mais. A repetir nos próximos dias.
Esparregado de favas
300 g de cascas de favas bem tenras (as vagens)
30 g azeite
4 dentes de alho
2 mãos cheias de espinafres frescos
Vinagre q.b.
Sumo de limão q.b.
Sal e pimenta preta q.b.
// preparação tradicional
Lave bem as cascas das favas e retire as extremidades e os fios laterais.
Coloque as cascas num tacho, cubra com bastante água e coza-as cerca de 15 minutos depois de levantar fervura. Escorra a água e reserve.
Aqueça o azeite numa frigideira, com os alhos picados.
Junte as cascas das favas reservadas e os espinafres. Vá mexendo, em lume brando, até os espinafres murcharem e os sabores apurarem, cerca de 5 minutos.
Triture com a varinha mágica até ficar homogéneo e tempere com sal e pimenta preta, vinagre em quantidade generosa e sumo de limão.
// preparação robot de cozinha (bimby_thermomix)
Lave bem as cascas das favas e retire as extremidades e os fios laterais.
Coloque no copo as cascas, cubra-as com água (700 g) a ferver e coza 20 min/100ºC/vel c. inversa. Retire, descarte a água e reserve as cascas.
Coloque no copo vazio o azeite e os alhos, pique 5 seg/vel 5 e depois refogue 3 min/100ºC/vel 1.
Adicione as cascas das favas já cozidas e os espinafres e salteie 5 min/100ºC/vel 2. De seguida, triture 20 seg/vel 7.
Tempere com sal e pimenta preta, vinagre em quantidade generosa e sumo de limão.
A temporada é curta para tanta coisa boa que apetece fazer, deixo-vos outras receitas com favas que tenho no blogue:

Shakshuka de favas

Salada de favas e funcho

Creme de favas e funcho

Favas com tomate

Favas à grega


sábado, 2 de maio de 2020
Salada de feijão frade e pickles
A Isabel gosta muito, é ela quem pede, e agora com os dias quentes finalmente a chegarem sabe ainda melhor.
Vale tanto a pena cozer o feijão em casa, faz a diferença no sabor. Se cozermos em quantidade podemos congelar uma parte e na próxima vez é tão rápido quanto abrir uma lata.
Deixei meio quilo de molho durante 24h, (trocando a água duas vezes), depois cozi sete minutos na panela de pressão elétrica, apenas com água, louro, azeite e alhos esmagados e usei uma parte na salada. O restante podia ter sido congelado, mas comemos mesmo assim, com o caldo da cozedura, apenas com uns espinafres misturados e um creme de caju e mostarda.
O toque de midas da salada são mesmo os pickles, não deixem de os usar. Se quiserem fazer os vossos, podem ver a minha receita aqui.
Acompanhámos com um pão acabado de fazer, torrado em azeite na frigideira e esfregado com alho.
Salada de feijão frade e pickles
400 g de feijão frade cozido
1 cenoura ralada
Aprox. 200 g de pickles (usei cenoura e couve flor)
1 cebola roxa picada
1 tomate chucha maduro
Coentros
Azeite e vinagre q.b.
Sal e pimenta preta moída na hora
Pão torrado
Azeite
Alho
// preparação
Numa taça grande, misture todos os ingredientes da salada, tempere com sal e pimenta preta moída na hora, azeite e vinagre e polvilhe com os coentros.
Acompanhe com o pão torrado em azeite na frigideira e esfregado com alho.
sexta-feira, 1 de maio de 2020
Pasta de tremoços e tomate seco. É petisco e é molho de massa.
Uma pasta de tremoços e tomate seco que se falasse, seria para pedir pão.
E havia mesmo um pão de espelta e nozes acabado de fazer logo de manhã.
Mais tarde, a pasta misturada com um pouco de água da cozedura do esparguete, fez um molho zás-tráz que resolveu o jantar: cozimasa com uma curgete em pedacinhos, juntei o molho de tremoços e uns espinafres envolvidos apenas para quebrarem. E está o prato feito.
Deste pão de espelta e nozes falarei com detalhe noutro post.
Mas a qualquer massa de pão com aproximadamente 500 g de farinha, juntem uma pasta de noz na altura de amassar e umas nozes em pedaços mesmo antes de iniciarem a primeira levedação.
Para a pasta de noz, tostei 40 g de nozes numa frigideira e depois triturei com 1 c. sopa de azeite.
Vi numa receita do livro da Ângela Silva, da Padaria Miolo (O Livro do Pão) e ficou o melhor pão de noz que já fiz.
A pasta de tremoços foi feita a olho. Mais coisa, menos coisa, aqui está.
Pasta de tremoços e tomate seco
½ frasco de tremoços (aprox 160g), demolhados em várias águas para reduzir o sal
4 metades de tomate seco
1 c. sopa de alcaparras
1 dente de alho, sem o veio central
1 c. sopa de tahini
1 c. sopa de azeite
Sumo de ½ limão
Pimenta preta moída na hora Água q.b.
// preparação
No copo da varinha mágica, triture todos os ingredientes e vá adicionando um pouco de água até obter uma pasta homogénea.
Tempere com pimenta (não usei sal, porque os tremoços não ficaram com algum).


terça-feira, 28 de abril de 2020
Bolo de banana com casca
São duas miúdas em casa, com quatro anos e meio e outra com quase quinze meses, boas bocas, felizmente, e sempre devoradoras quando chega a hora das refeições.
Haja por isso ânimo e vontade para manter a cozinha em produção farta. Aproveito para experimentar receitas novas, venham elas de ideias que iam sendo proteladas ou de inspirações do momento que vou apanhando por essas redes sociais.
À noite, enquanto lia sobre pão, fui clicando aqui e ali e cheguei a um bolo de banana inteira que me piscou logo o olho. Impossível resistir a um bolo que leva cascas de banana... se quiserem vejam este bem antigo que tenho cá no blogue...
Olha que bom que até ia ligar o forno para fazer o almoço no dia seguinte, se é que me entendem...
Bolo de banana com casca
2 bananas com casca, partidas em pedaços (de preferência biológicas)
50 g (1/4 cháv) de azeite
120 g de tâmaras medjool ou açúcar (2/3 cháv)
240 g (1 cháv) de água
1 c. sopa de vinagre de maçã
1 c. chá de canela
240 g de farinha (2 cháv) – usei 1 de farinha de trigo integral + 1 de trigo espelta
1 c. chá fermento
1 c. chá de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
// preparação tradicional
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Unte com azeite e polvilhe com farinha ou forre com papel vegetal uma forma de pão rectangular de 28x12 cm.
Com uma liquidificadora ou varinha mágica, triture as bananas com a casca, o azeite, as tâmaras (ou açúcar), a água, o vinagre e a canela até obter uma mistura homogénea.
De seguida, envolva as farinhas, o fermento, o bicarbonato e o sal, apenas até ficar sem grumos.
Deite a massa na forma preparada e leve ao forno a 180ºC durante aproximadamente 40 minutos ou até que um palito espetado no centro saia seco.
// preparação robot de cozinha (bimby_thermomix)
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Unte com azeite e polvilhe com farinha ou forre com papel vegetal uma forma de pão rectangular de 28x12 cm.
Coloque no copo as bananas com a casca, o azeite, as tâmaras (ou açúcar), a água, o vinagre e a canela e triture 40 seg/vel 7.
Envolva as farinhas, o fermento, o bicarbonato e o sal 10 seg/vel 3 e termine de envolver com a espátula, apenas até ficar sem grumos.
Deite a massa na forma preparada e leve ao forno a 180ºC durante aproximadamente 40 minutos ou até que um palito espetado no centro saia seco.

