quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Salada de lentilhas e couve flor

Gosto de improvisos na cozinha. 
Já que não lido bem com eles na vida em geral, aqui encontro uma gaveta confortável para encaixar esse desencontro entre a minha necessidade de previsibilidade e rotinas e a certeza de que a vida sempre nos brindará com o aleatório e inesperado.

Entre deixar e ir buscar as miúdas à escola, o dia de trabalho teima em correr mais depressa que os ponteiros do relógio. Agora com elas mais crescidas e autónomas já consigo treinar em casa logo de manhã cedo antes de sairmos e por isso, quando regresso da escola, é o computador que me recebe.
Dedico-me normalmente à edição e a tudo o que implique mais tempo - não sei como é convosco, mas comigo é de manhã que consigo desenvolver os trabalhos que exigem continuidade e mais concentração. Por isso a pausa para almoço é um momento que vem quebrar a cadência mecanizada do trabalho no computador e é bem-vinda.

Se há dias em que tenho alguma coisa já pronta a aquecer, noutros há que improvisar com o que encontro. 
E por isso tento sempre ter algumas bases já preparadas, para que seja rápido montar um almoço nutritivo. 
No fim de semana tinha cozido meio quilo de lentilhas, das quais uma parte usei num guisado, outra congelei e outra guardei no frigorífico, temperadas com azeite, coentros, alhos, sal, pimenta e sumo de limão. 
Foi a estas últimas que deitei a mão. Na véspera, quando fiz arroz de cenoura e couve para o jantar, também aprovei para cozer uns floretes e talos de couve flor a vapor (ao mesmo tempo que cozo o arroz, simplesmente coloco-os sobre este antes de tapar a panela).


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E assim se orquestrou este singelo improviso. 
Alface e coentros da horta dos meus pais, lentilhas, floretes e talos de couve flor amornados, nozes de Palmela e uma vinagreta de azeite, sumo de limão, mostarda e agave, sal e pimenta preta. 
Acompanhei com uma fatia de pão torrado, esfregado com alho e azeite. 
Fica a sugestão.

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