Nunca publiquei uma receita de arroz doce aqui no blogue.
É uma das coisas que não falha nas mesas de festa em família, mas nunca feito pelas minhas mãos.
Já foi o arroz doce da Avó Ricardina, sequinho, de cortar à faca como gosta o meu pai e como ficou desenhado nas minhas memórias. Momentos felizes...
Agora é o arroz doce da Vó Carmina, bem cremoso e macio.
Dois clássicos! ☺
Feito a olho, do saber experiente, nunca muito doce, que isto do arroz doce da avó não precisa de maquilhagem para se evidenciar. É bom porque sim, é bom apenas por ser bom, simples, porque sabe ao afecto da família à sua volta e à certeza de ali nos mantermos mais uma e outra vez, sempre com um arroz doce para partilhar.
Das avós que partem, das que ainda nos aconchegam os dias, o prazer é delas que o fazem para nós, e nosso que o saboreamos na sua companhia.
É por tudo isto uma receita que nunca faço, arroz doce é receita de mimo de avó.
Para desafiar esta verdade, só mesmo muito tentada por algo diferente. Como este arroz de laranja.
Veio da Goodies, uma loja que faz as delícias de qualquer foodie, e é um arroz de bago cheio e aroma a laranja. Exibia-se logo ao lado um açúcar de flor de coco com aroma a limão e gengibre e os dois juntos agrafaram “arroz doce” à minha cabeça assim que os vi.
É o mesmo arroz doce de sempre, animado com a subtileza de todos estes perfumes.
Um pratinho de arroz doce, bem agasalhado com canela, é sempre uma narrativa de afectos com as avós da minha vida. Com elas, com as avós e com as memórias ternas que nos deixam, cada momento conta.
Arroz Doce
500 g de água
200 g de arroz Rising Sun Orange, da Lotao (ou arroz carolino)
1 pitada de sal
Casca de 1/2 limão
1 pau de canela
650 g de leite gordo
2 gemas
120 g de açúcar de flor de coco c/ aroma a limão-gengibre, da Lotão (ou açúcar amarelo)
Canela em pó q.b. p/ polvilhar
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thermomix_bimby
Coloque no copo a água, o arroz, o sal, a canela e a casca de limão e programe 15 min/100ºC/vel colher inversa.
Adicione o leite e programe mais 25 min/90ºC/vel colher inversa.
Numa tacinha, misture as gemas com um pouco de líquido quente do arroz.
Adicione o açúcar ao arroz, programe 5 min/90ºC/vel 1,5 inversa e vá deitando as gemas pelo bucal com a máquina em movimento.
Deite numa travessa e, depois de frio, polvilhe com canela em pó.
tradicional
Coza o arroz em água, com uma pitada de sal, a canela e a casca de limão.
Quando a água tiver sido absorvida, junte o leite e deixe em lume brando, a ferver lentamente, até que o arroz esteja cozido.
Junte o açúcar e depois as gemas, previamente batidas com um pouco de leite quente e mexa bem.
Envolva bem e deixe ao lume para cozer as gemas, sem deixar que ferva novamente.
Deite numa travessa e, depois de frio, polvilhe com canela em pó.
A Goodies é uma loja online, também aberta ao público na Trindade, que entre muitas coisas que fazem os meus olhos brilhar, tem esta marca de arroz, a Lotao, cheios de aromas e texturas surpreendentes. Podem comprar aqui.
Ou lá. Vale a pena o passeio pelo Chiado nestes dias de Verão e voltar para casa com uns goodies na mão. ☺
é um pecado só poder olhar para as fotos e não poder provar nada... lol
ResponderEliminararroz doce é uma das minhas perdições, gosto dele cremoso ou mais sequinho, tanto faz.
bela receita!
Risonha, eu tb confesso que não consigo decidir-me por nenhum deles: gosto sequinho e gosto cremoso. Arroz doce é comigo. :)
EliminarOlá Susana,
ResponderEliminarEu que não sou grande fã de arroz doce fiquei a babar com estas fotos! Que delícia tão cremoso!!!
Beijinhos
Eheheh, serão coisas da gravidez? Ainda acabas de pratinho de arroz doce à frente. :) Bjs
EliminarCanela faz lembrar arroz doce cá em casa :)
ResponderEliminarA minha avó que o faz na perfeição ensinou-me e é com ela que sempre o partilho. Um prato ainda morninho carregado de canela que partilhamos por entre sorrisos. Uma sobremesa favorita sem dúvida. Pelos sabores e pelo carinho.
Este teu está fabuloso com esse arroz e açúcar perfumados. Imagino o cheirinho aí por casa... :))
Ainda vais a tempo do gelado de mirtilos, fico a aguardar!!
Beijinho.
Há coisas que se escrevem na nossa vida com um sabor que nunca muda, não é? Arroz doce e avó são uma dupla que garante sorrisos e afecto, não há dúvidas. E com canela... perfeito! :)
EliminarVou tentar apressar o gelado. Bjs
Para mim arroz doce é receita de mãe. As avós nunca o fizeram.
ResponderEliminarA minha avó Ana já era velhinha quando eu nasci e a única coisa que me lembro de provar feita por ela era a cevada, deliciosa como nunca mais voltei a beber. Mas o meu pai diz sempre que ela era uma cozinheira de mão cheia, que fazia uns panados perfeitissimos e um arroz de chouriço vermelho que era de comer e chorar por mais.
A minha avó Fernanda, que me alimentou a gula durante 33 anos, sempre foi uma cozinheira maravilhosa mas foi dificil apanhar-lhe os truques: ninguém a podia ajudar pois só ela é que sabia fazer bem as coisas. Fazia a melhor massa de vitela e cenoura que alguma vez comi, um prato simples mas que ela deixava a cozinhar durante horas. A perfeição de sabores.
Saudades das avós, sempre (e acabei de ficar com lágrimas nos olhos...)
Ondina, eu também não tive oportunidade de receber os segredos da cozinhas das avós...Mas há recordações de sabores e afectos que se agarram a nós de tal forma, que parece que lhes sentimos o gosto tantos anos depois.
EliminarPor enquanto ainda temos o arroz doce da Vó Carmina, a avó do meu marido, feito à medida do carinho que nos tem. É um sabor que não se escreve...
Um beijinho para ti. :)
Lá por casa é a mesma coisa...Arroz doce e aletria (a minha preferidaa) é da avó e, os que já tentei fazer, nunca têm o mesmo sabor (mesmo que ensinados por ela)...
ResponderEliminarBeijinho,
Filipa
www.welc-home.blogspot.pt
O meu arroz doce preferido é o da minha mãe aquele que dá para cortar á faca ,mas também aprecio o cremoso , para mim tem que ter pouco açúcar.
ResponderEliminarGostei do teu achei tem mesmo um aspecto delicioso.
Bom fim de semana
Bj
Tão bom!
ResponderEliminarÉ como a aletria também gosto seca ou cremosa, não consigo decidir-me qual delas gosto mais! As fotografias estão muito bonitas .)*
Pelo aspecto estou convencido!
ResponderEliminarEssa colherada yummy :D
Obrigada pela visita e pelos comentários sobre o meu livro. Obrigada por seres uma excelente agente e por me teres apresentado o fantástico mundo da Bimby. O teu blogue é uma enorme fonte de inspiração :) Um grande beijinho!
ResponderEliminarSónia, fico feliz! Obrigada e que o livro te traga muitos sorrisos. :) Bjs
Eliminarhummmm...receita de avó é a melhor do mundo! nunca fiz arroz doce! vou testar!
ResponderEliminarBom agora deixaste-me... vou já "espiolhar" uma série de coisas...
ResponderEliminarBeijinho
PS Não te esqueças que estou à espera do teu gelado:)
Tem coisa melhor que receita de vó e de mãe?Não tem.Essas receitas nos remetem à infância, que cá entre nós já se foi a algum tempo.Adorei a receita.Fiquei com vontade.Beijos.
ResponderEliminarQue bom aspecto esse arroz tem e que fotos lindas beijinhos :))
ResponderEliminar:) a minha avozinha não me faz arroz doce, faço eu para ela, para mim fazia aletria como ninguém! Agora fica a descansar pelo sofá ou pelo cadeirão os quase 88 anos cansados fazem que seja eu a fazer coisas boas para ela!
ResponderEliminarBeijinho
Susana, minha queria.
ResponderEliminarEu adorei a genialidade contida na simplicidade desta receita. Curiosamente, também fiquei rendida a este arroz e a verdade é que me aventurei em algo parecido... mas diferente.
Um grande beijinho :)
Bom, este arroz doce está qualquer coisa...
ResponderEliminarO arroz tem um bago perfeito e uma cor linda. Quanto ao açúcar fiquei curiosa acerca do aroma.
Combinação perfeita, não?!
Eu prefiro cremoso tal como a minha mãe sempre fez. Consegues surpreender-me com tantos sabores novos e originais, não conhecia esse arroz.
ResponderEliminarUm beijinho
Que aspecto e esses ingredientes deixam mesmo a imaginação a trabalhar! Adorei, vou cuscar!
ResponderEliminarHmm eu gosto de arroz doce com aspecto cremoso, mas a minha mãe tb o faz e adora de "cortar à faca". Adorei as tuas fotos como sempre um encanto. Agora fiquei a pensar no Natal... em casa dos meus pais havia sempre nessa altura. Um beijo
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